sábado, 5 de março de 2011

Vírus




Vírus (do latim virus, "veneno" ou "toxina") são pequenos agentes infecciosos (20-300 ηm de diâmetro) que apresentam genoma constituído de uma ou várias moléculas de ácido nucléico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma de fita simples ou dupla. Os ácidos nucléicos dos vírus geralmente apresentam-se revestidos por um envoltório protéico formado por uma ou várias proteínas, o qual pode ainda ser revestido por um complexo envelope formado por uma bicamada lipídica.
As partículas virais são estruturas extremamente pequenas, submicroscópicas. A maioria dos vírus apresentam tamanhos diminutos, que estão além dos limites de resolução dos microscópios ópticos, sendo mais comum para a visualização o uso de microscópios eletrônicos. Vírus são estruturas simples, se comparados a células, e não são considerados organismos, pois não possuem organelas ou ribossomos, e não apresentam todo o potencial bioquímico (enzimas) necessário à produção de sua própria energia metabólica. Eles são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois dependem de células para se reproduzirem. Além disso, diferentemente dos organismos vivos, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir. A partir das células hospedeiras, os vírus obtêm: aminoácidos e nucletídeos; maquinaria de síntese de proteínas (ribossomos) e energia metabólica (ATP).
Fora do ambiente intracelular, os vírus são inertes. Porém, uma vez dentro da célula, a capacidade de replicação dos vírus é surpreendente: um único vírus é capaz de produzir, em poucas horas, milhares de novos vírus.
Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios (Eukaria, Archaea e Bacteria). Desta maneira, os vírus representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos.

Classificação de Baltimore

O Sistema de Classificação de Baltimore, criado por David Baltimore, é um modo de classificação que ordena os vírus em sete grupos, com base na característica do genoma viral e na forma como este é transcrito a mRNA. Neste sistema, os vírus são agrupados como apresentado a seguinte:
  • Grupo I: Vírus DNA dupla fita (dsDNA)
  • Grupo II: Vírus DNA fita simples (ssDNA)
  • Grupo III: Vírus RNA dupla fita (dsRNA)
  • Grupo IV: Vírus RNA fita simples senso positivo ((+)ssRNA)
  • Grupo V: Vírus RNA fita simples senso negativo ((-)ssRNA)
  • Grupo VI: Vírus RNA com transcrição reversa (ssRNA-RT)
  • Grupo VII: Vírus DNA com transcrição reversa (dsDNA-RT)

Estrutura da Partícula viral
Os vírus são formados por um agregado de moléculas mantidas unidas por forças secundárias, formando uma estrutura denominada partícula viral. Esta é constituída por diversos componentes estruturais (ver imagem ao lado):
  1. Ácido nucléico: molécula de DNA ou RNA que constitui o genoma viral.
  2. Capsídeo: envoltório protéico que envolve o material genético dos vírus.
  3. Nucleocapsídeo: estrutura formada pelo capsídeo associado ao ácido nucléico que ele engloba.
  4. Capsômeros: subunidades proteícas (monômeros) que agregadas constituem o capsídeo.
  5. Envelope: membrana rica em lipídios que envolve a partícula viral externamente.
  6. Peplômeros (espículas): estruturas proeminentes, geralmente constituídas de glicoproteínas e lipídios, que são encontradas ancoradas ao envelope, expostas na superfície.

Uma partícula viral completa é denominada vírion. Os vírions dos diferentes grupos de vírus podem possuir ou não um envelope (derivado da membrana plasmática das células hospedeiras) que envolve a partícula viral externamente.
O envelope protege o genoma viral contido nele e também possibilita ao vírus identificar as células que ele pode parasitar e, em certos vírus, facilita a sua penetração nas próximas células hospedeiras.

Genoma viral

 

Ao contrário das células, que apresentam genoma constituído apenas por DNA, os vírus possuem DNA ou RNA como material genético, e todos os vírus possuem apenas um ou outro no vírion. No entanto, existem vírus que possuem ambos, porém, em estágio diferentes do ciclo reprodutivo. As moléculas de ácido nucléico dos vírus podem ser fita simples ou dupla, linear ou circular, e segmentada ou não. O genoma dos vírus de RNA tem ainda a característica de possuir senso positivo (atua como mRNA funcional no interior das células infectadas) ou senso negativo (serve de molde para uma RNA-polimerase transcrevê-lo dando origem a um mRNA funcional). A quantidade de material genético viral é menor que a da maioria das células. O peso molecular do genoma dos vírus de DNA varia de 1,5 × 106 a 200 × 106 Da. Já o dos de RNA varia de 2 × 106 a 15 × 106 Da. No genoma dos vírus estão contidas todas as informações genéticas necessárias para programar as células hospedeiras, induzindo-as a sintetizar todas as macromoléculas essenciais à replicação do vírus.

 

Ciclo de replicação viral

 

Como já mencionado anteriormente, vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, pois necessitam do ambiente intracelular de um organismo vivo para se reproduzir. Ao processo de reprodução de um vírus dá-se o nome de replicação viral. O tempo de duração do ciclo de replicação viral varia entre as diversas famílias de vírus, podendo levar poucas horas ou até dias. Esta seção apresentará as etapas envolvidas num ciclo de replicação viral, focado principalmente em vírus que infectam animais. De uma maneira geral, a replicação pode ser dividida em 7 etapas:


Visão geral de um ciclo de replicação viral hipotético:
1. Adsorção
2. Entrada
3. Desnudamento
4. Transcrição e tradução
5. Replicação do genoma
6. Montage
7. Liberação
Entrada no citosol

Uma vez aderidos à membrana celular, os vírus devem introduzir seu material genético no interior da célula, a fim de que este seja processado (transcrito, traduzido, replicado). Este processo envolve a entrada (penetração) do vírion no citosol e posterior desmontagem do capsídeo para liberação (desnudamento) do genoma viral.Para alcançar o ambiente intracelular, cada vírus utiliza um mecanismo particular. Entre os principais mecanismos (veja imagem abaixo), estão:
  • Endocitose: Após a adsorção, a partícula viral pode penetrar no citoplasma por meio de um processo denominado endocitose mediada por receptores, pela formação de endossomos (vesículas). Quando um vírus entra por endocitose, o seu vírion encontra-se envolto pela membrana vesicular. Vírus envelopados liberam os nucleocapsídeos de dentro dos endossomo promovendo a fusão entre o envelope viral e a membrana da vesícula. Já os vírus não envelopados, por não possuírem envelope, utilizam outras estratégias para sair dos endossomos: alguns, como os adenovírus, provocam a lise do endossomo, enquanto outros, como os poliovírus, geram poros na membrana vesicular e injetam o genoma viral diretamente no citosol.
  • Fusão: Neste mecanismo, executado apenas por vírus envelopados, o nucleocapsídeo é liberado no interior da célula mediante a fusão entre o envelope viral e a membrana celular. A entrada por fusão pode ocorrer de duas formas: (1) direta, pela fusão do envelope viral com a membrana plasmática, a partir do meio extracelular, ou (2) indireta, sofrendo uma endocitose inicial com posterior fusão já no interior da célula, como citado anteriormente.
  • Translocação: por meio da ação de uma proteína receptora, o vírion pode atravessar a membrana por meio de translocação, do ambiente extracelular para o citosol. Este mecanismo é raro e pouco entendido.
Mecanismos de entrada de vírus em células

Endocitose e lise da membrana endossomal



Endocitose e lise da membrana endossomal

Endocitose com injeção do genoma no citosol
Endocitose com injeção do genoma no citosol
Endocitose seguida por fusão de membranas
Endocitose seguida por fusão de membranas
Entrada por fusão de membranas
Entrada por fusão de membranas

Entrada por translocação
Entrada por translocação


Reprodução dos vírus

A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus, ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.
Ciclo lítico
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).


Ciclo lisogênico
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também.

 

Vírus: seres vivos ou seres não vivos?

 

A vida, em sua definição biológica, é considerada um complexo e dinâmico estado de interações bioquímicas e biofísicas. Sob esta perspectiva, são citadas duas propriedades básicas de sistemas vivos: (a) são capazes de produzir e utilizar energia química para a síntese de macromoléculas por meio de uma variedade de proteínas, sendo a maior parte delas enzimas, as quais de maneira coordenada atuam nestes processos biossintéticos; (b) possuem ácido nucléico que carrega em sua estrutura os mecanismos essenciais à codificação e decodificação das informações necessárias para a produção das macromoléculas citadas anteriormente.
Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate é primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser vida, em outras palavras, a definição de vida. Aqueles que defendem a idéia que os vírus não são vivos argumentam que organismos vivos devem possuir características como a habilidade de importar nutrientes e energia do ambiente, devem ter metabolismo (um conjunto de reações químicas altamente inter-relacionadas através das quais os seres vivos constroem e mantêm seus corpos, crescem e performam inúmeras outras tarefas, como locomoção, reprodução); organismos vivos também fazem parte de uma linhagem contínua, sendo necessariamente originados de seres semelhantes e, através da reprodução, gerar outros seres semelhantes (descendência ou prole), etc. Os vírus preenchem alguns desses critérios: são parte de linhagens contínuas, reproduzem-se e evoluem em resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, como qualquer ser vivo.  Vírus não são cultiváveis in vitro, ou seja, não se desenvolvem em meio de cultura contendo os nutrientes fundamentais à vida. Estes se multiplicam somente em tecidos ou células vivas, logo, os vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira. Portanto, sem as células nas quais se replicam, os vírus não existiriam. Outro aspecto que distingue vírus e organismos vivos baseia-se no fato dos vírus possuírem consideráveis quantidades de apenas um tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA, enquanto todos os organismos vivos necessitam de quantidades substanciais de ambos. Por estes motivos, os vírus são considerados "agentes infecciosos", ao invés de seres vivos propriamente ditos.
Muitos, porém, não concordam com esta perspectiva, e argumentam que uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aí todos os seres vivos dependem de interações com outros seres vivos. Assim como plasmídeos e outros elementos genéticos, os vírus se aproveitam da maquinaria celular para se multiplicar. No entanto, diferentemente destes elementos genéticos, os vírus possuem uma forma extracelular por meio da qual o material genético viral é transmitido de um hospedeiro a outro. Em função da existência deste estágio independente das células no ciclo biológico viral, algumas pessoas consideram os vírus como "organismos vivos" ou "formas de vida". Outros ainda levam em consideração a presença massiva de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem — aparentemente tão antiga como a própria vida —, sua importância na história natural de todos os outros organismos, etc. Conforme já mencionado, diferentes conceitos a respeito do que vem a ser vida formam o cerne dessa discussão.
Embora a maioria dos cientistas considerem os vírus como seres vivos, estes não são enquadrados em nenhum dos cinco grandes reinos.


A origem dos vírus

 

A origem dos vírus não é inteiramente clara, e provavelmente, esta seja tão complexa quanto a origem da vida. Porém, foram propostas algumas hipóteses:
  • Evolução química: Os vírus podem representar micróbios extremamente reduzidos, formas primordiais de vida que apareceram separadamente na sopa primordial que deu origem às primeiras células. Com base nisto as diferentes variedades de vírus teriam tido origens diversas e independentes. No entanto, esta hipótese tem pouca aceitação.
  • Evolução retrógrada: Os vírus teríam se originado a partir de microrganismos parasitas intracelulares que ao longo do tempo perderam partes do genoma responsáveis pela codificação de proteínas envolvidas em processos metabólicos essenciais, mantendo-se apenas os genes que garantiriam aos vírus sua identidade e capacidade de replicação.
  • DNA auto-replicante: Os vírus originaram-se a partir de sequências de DNA auto-replicantes (plasmídeos e transposons) que assumiram uma função parasita para sobreviverem na natureza.
  • Origem celular: Os vírus podem ser derivados de componentes de células de seus próprios hospedeiros que se tornaram autônomos, comportando-se como genes que passaram a existir independentemente da célula. Algumas regiões do genoma de certos vírus se assemelham-se a sequências de genes celulares que codificam proteínas funcionais. Esta hipótese é apontada como a mais provável para explicar a origem dos vírus.



Doenças humanas virais

 

 

Como parasitas, os vírus provocam muitas doenças nos seres vivos. Ao invadirem as células de um indivíduo, eles prejudicam o funcionamento normal dessas células e, conseqüentemente, provocam doenças.
Principais viroses humanas: gripe, hepatite (A, B e C), caxumba, sarampo, varicela (catapora), SIDA (AIDS), raiva (hidrofobia), dengue, febre amarela, poliomielite (paralisia infantil), rubéola, meningite, encefalite, herpes, febre hemorrágica, pneumonia, HLTV, gripe suína, etc. Recentemente foi mostrado que o câncer cervical é causado ao menos em partes pelo papilomavirus (que causa papilomas, ou verrugas), representando a primeira evidência significante em humanos para uma ligação entre câncer e agentes virais.

Prevenção e tratamento de doenças virais

 

Devido ao uso da maquinaria das células do hospedeiro, os vírus tornam-se difíceis de se combater. As mais eficientes soluções médicas para as doenças virais são as vacinas para prevenir as infecções, e drogas que tratam os sintomas das infecções virais. Quando as células são atacadas por vírus, o sistema de defesa do organismo parasitado passa a produzir substâncias especificas que combatem o vírus invasor. Essas substâncias são chamadas anticorpos. Isso ocorre porque os vírus são formados por proteínas diferentes das do organismo parasitado. Essas proteínas não são reconhecidas e o organismo combate-as, passando a produzir anticorpos. Assim, caso o microrganismo parasita invada o nosso corpo novamente, reagimos rapidamente e a doença não se instala.
Não existem medicamentos para combater os vírus depois que eles passam a parasitar um organismo. Nesse caso, a pessoa deve se alimentar bem, repousar bastante e esperar que o organismo reaja e produza os anticorpos específicos para destruí-los. É o caso, por exemplo, da gripe. Não existem remédios para essa doença. O que há são medicamentos para aliviar os sintomas desconfortáveis que ela provoca, como dores de cabeça e no corpo., febre, etc. Também não há vacina contra a gripe. O vírus que a causa sofre mutações rapidamente. Há muitos tipos mutantes de vírus da gripe e ainda não se conseguiu produzir uma vacina que possa combater todos esses tipos.]
As vacinas são produzidas a partir de microrganismos mortos ou atenuados, ou ainda por toxinas inativadas que eles produzem. Uma vez introduzidos num indivíduo, esses agentes não tem condições de provocar a doença, mas são capazes de estimular o organismo a produzir anticorpos. O indivíduo, então, fica imunizado contra a doença. As vacinas, portanto, são usadas para a prevenção de doenças. É importante notar que uma vacina não cura um organismo já parasitado por um vírus ou uma bactéria.
A vacina Sabin, por exemplo, usada para prevenir a poliomielite ou paralisia infantil, é feita com vírus causador dessa enfermidade. Só que, ao contrário do vírus normal da doença, o vírus utilizado na vacina é atenuado e não tem condições de atacar o sistema nervoso da pessoa. Porém, como o organismo não diferencia um vírus do outro, ele passa a produzir os anticorpos necessários, imunizando o indivíduo vacinado contra todos os tipos de vírus da poliomielite.
Existe também uma nova classe de drogas que serve como tratamento específico contra determinados vírus, os chamados antivirais, dentre os quais pode-se citar: o aciclovir contra o herpesvírus, a ribavirina contra o vírus da hepatite C, o oseltamivir contra o vírus da gripe, o ritonavir, o indinavir e a zidovudina entre outros contra o vírus da AIDS. Os pacientes freqüentemente pedem antibióticos, que são inúteis contra os vírus, e seu abuso contra infecções virais é uma das causas de resistência antibiótica em bactérias.

Os vírus sofrem "mutações"

 

Quando os vírus se reproduzem no interior de uma célula viva o material genético viral pode sofrer mutações e gerar grandes variedades a partir de um único tipo desses seres: um exemplo são as dezenas de diferentes tipos de vírus da gripe humana, gerados por mutações. Sendo que essas mutações dificultam as ações dos antivirais, devido esses serem específicos a cada tipo de vírus.


Outros agentes infecciosos

 

Outras partículas infecciosas são tão simples estruturalmente quanto os vírus, estas são os viróides, virusóides, Satellite, Deltavirus (que na verdade são satellites/viróides), e príons. Os príons (ou priões) são agentes ainda mais simples que os vírus. Não possuem ácido nucleico, sendo constituídos por proteínas alteradas que têm a capacidade de converter proteínas semelhantes mas não alteradas à sua configuração insolúvel, precipitando em cristais que causam danos às células.




Exercícios


1. Sobre vírus, assinale o que for correto.

01) O vírus é o único ser vivo acelular.
02) Seu material genético é exclusivamente o RNA.
04) AIDS, raiva, tétano, coqueluche e sífilis são todas doenças causadas por vírus.
08) Os vírus também causam várias doenças aos animais e às plantas.
16) Os vírus não manifestam atividade vital fora da célula hospedeira.
2. Uma das estratégias mais eficientes que os órgãos de saúde dispõem no combate às doenças infecciosas é a prevenção através da vacinação em massa da população. Esse combate só é possível quando se conhece o agente causal da doença. Dentre as doenças ocasionadas por VÍRUS, podemos relacionar as seguintes:

01. Gonorréia.
02. Raiva ou hidrofobia.
04. Cólera.
08. Meningite meningocócica.
16. Poliomielite.


A soma das respostas corretas é : ( ________________ )
Leia e responda a questão 3.
Penso que a vida resulta da combinação de quatro processos - metabolismo, compartimentação, memória e manipulação - e de uma lei de correspondência entre memória e manipulação. Se tomarmos isso como definição, os vírus não podem ser considerados seres vivos, pois não têm nem metabolismo nem lei de correspondência. (Antoine Danchin apud CIÊNCIA HOJE, p. 25)

3. A confrontação do conceito de vida expresso anteriormente com características exibidas pelos vírus permite afirmar:
 

(01) Os vírus e os seres vivos compartilham uma mesma linguagem na construção de seus genomas.
(02) Os vírus obtêm energia usando os mesmos processos bioenergéticos celulares.
(04) A organização molecular dos vírus expressa a exigência de proteção para o material genético e de reconhecimento pela célula hospedeira.
(08) A universalidade do DNA como material genético, entre os vírus, os aproxima da condição biológica.
(16) A condição vital está inevitavelmente associada à estrutura celular.
(32) A capacidade de evoluir é uma propriedade comum aos vírus e aos seres vivos.
A soma das respostas corretas é : ( ________________ )
4. Indique em qual dos seres vivos, citados a seguir, o ácido desoxirribonucléico (DNA) e o ácido ribonucléico (RNA) não ocorrem em um mesmo indivíduo:

a) bactéria
b) protozoário
c) vírus
d) fungos
e) algas
5. Os vírus são seres acelulares que possuem como material genético
 

a) DNA e enzimas.
b) RNA e enzimas.
c) DNA e RNA.
d) DNA ou RNA.
e) somente enzimas
6. Medicina do futuro recruta vírus "bonzinhos" para vencer câncer e AIDS através de batalhas genéticas.- Utilizando vírus inofensivos como vetores de genes, cientistas estão colocando, nas células dos pacientes, o material genético que os médicos desejam. (Folha de São Paulo-dez/92).

Tal técnica é possível, pois, na célula hospedeira, o DNA do vírus:
a) inativa as diferentes funções vitais.
b) comanda a produção de proteínas.
c) inibe a respiração celular.
d) induz uma mensagem deletéria.
e) estimula a duplicação do DNA celular.

7. Assinale a alternativa correta a respeito dos vírus.
a) Apresentam membrana plasmática envolvendo seu material interno.
b) Sintetizam ácido nucléico e proteínas para a sua reprodução.
c) Apresentam metabolismo próprio.
d) Não sofrem mutação no seu material genético.
e) Possuem um único tipo de ácido nucléico que, dependendo do vírus, pode ser o DNA ou o RNA.

8. Os vírus, apesar de não possuírem organização celular, podem ser considerados seres vivos, porque:


a) são constituídos de proteínas;
b) possuem moléculas auto-reprodutíveis;
c) possuem maquinaria enzimática necessária que lhes permite a síntese das moléculas, independentes de outras células;
d) crescem e se reproduzem por processos análogos aos das bactérias.
e) todas as afirmativas anteriores estão corretas.
9. Impressionados com a notícia do poder arrasador com que o vírus Ebola vem dizimando uma certa população na África, alguns alunos de um colégio sugeriram medidas radicais para combater o vírus desta terrível doença. Considerando-se que este agente infeccioso apresenta características típicas dos demais vírus, assinale a alternativa que contenha a sugestão mais razoável:


a) descobrir urgentemente um potente antibiótico que possa destruir a sua membrana nuclear.
b) alterar o mecanismo enzimático mitocondrial para impedir o seu processo respiratório.
c) injetar nas pessoas contaminadas uma dose maciça de bacteriófagos para fagocitar o vírus.
d) cultivar o vírus "ín vitro", semelhante à cultura de bactérias, para tentar descobrir uma vacina.
e) impedir, de alguma maneira, a replicação da molécula de ácido nucléico do vírus.
10. Vírus é uma entidade biológica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo VÍRUS geralmente se refere às partículas que infectam eucariontes, enquanto o termo FAGO é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes. Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucléico cercada por alguma estrutura protetora consistente de proteína também conhecida como envelope viral ou capsídeo; ou feita de proteína e lipídio. São conhecidas aproximadamente 3.600 espécies de vírus, sendo que algumas são patogênicas para o homem.

Analise as proposições sobre os vírus:

I) Vírus com a enzima transcriptase reversa são possuidores de RNA como material genético e são capazes de promover cópias de moléculas DNA a partir de moléculas de RNA.
II) Febre amarela, dengue, varíola, poliomielite, hepatite, hanseníase, Aids, condiloma, sarampo, sífilis e caxumba são exemplos de viroses humanas.
III) Há vírus bacteriófagos capazes de realizar o ciclo lítico onde a célula infectada não sofre alterações metabólicas e acaba gerando duas células filhas infectadas.
IV) Antibióticos como a penicilina, cefalexina e ampicilina não são indicados para o tratamento de viroses pois os vírus, devido a sua elevada capacidade mutagência, desenvolvem rapidamente resistência a esses medicamentos.
V) Normalmente, os vírus apresentam especificidade em relação ao tipo de célula que parasitam. Assim, o vírus da hepatite tem especificidade pelas células hepáticas; os vírus causadores de verrugas têm especificidade por células epiteliais; assim como os vírus que atacam animais são inócuos em vegetais e vice-versa.

Estão corretas:
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) apenas I e V.
d) I, IV e V.
e) apenas III e V.



Vídeo demostrando a ação dos anticorpos na defesa do organismo contra um infecção por vírus.


Após assistir ao vídeo faça um rápida descrição da ação do sistema imunológico na defesa de nosso organismo.


 
 
Trabalho sobre os vírus

1ª parte - Identifique no infográfico as principais epidemias causadas por vírus e faça um escreva um resumo delas.



2ª parte - Acesse o próximo infográfico para responder as questões do trabalho.


Click no link para acessar a página: http://discoverybrasil.uol.com.br/virus/interativo/


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